A criminalidade urbana é o grande mal na atualidade, onde todos indistintamente sofrem seus efeitos, que contam com a dificuldade que as instituições de segurança de todo o país têm para lidar com essa problemática, haja vista a inexistência de um projeto de caráter nacional em que unifique a atuação de todas as forças que compõe a segurança pública. O potencial da escola reside na sua capacidade de cumprimento de suas funções constitucionalmente estabelecidas, que é formar cidadãos livres e orientados pela simbologia da paz e da solidariedade, mas para isso é preciso que estas se organizem para cumprir melhor tal papel, evitando que aspectos da violência urbana possam penetrar em seu interior, tornando-as vulneráveis às condutas criminosas. Essa pesquisa é organizada com o claro objetivo de dar conta de um problema que atinge quase todas as escolas, que é a vulnerabilidade das portarias das unidades de ensino frente ao avanço da violência urbana, que tem como objetivo geral avaliar as falhas e a consequente insegurança ocorridas nas portarias das escolas públicas da rede estadual. Tendo como objetivos específicos, verificar a contribuição da portaria das escolas na inibição e contenção da violência urbana no entorno ou dentro das unidades de ensino; identificar os tipos de funcionários atuantes na portaria das escolas e apontar soluções para melhorar a atuação desses profissionais nesse setor das escolas. A metodologia da pesquisa estruturada, envolve o procedimento de se apresentar na portaria das vinte e quatro (24) escolas estaduais, selecionadas aleatoriamente, como professor da rede estadual que queria falar com o diretor ou coordenador da unidade escolar. A pesquisa reside prioritariamente na análise do local de entrada e saída da unidade e na observação da atitude do servidor ali presente. No referencial teórico são privilegiados os argumentos de que a violência é externa ao ambiente escolar, ou seja, a instituição se torna vítima desse processo, que está deixando de ser conjuntural e tornando-se histórico, na medida em que há um enraizamento desse poder paralelo na “gestão” de segmentos da sociedade, principalmente em áreas conflagradas. Os resultados da pesquisa, apontam que as portarias das escolas participantes, são absolutamente fragilizadas, ficando evidente a falta de orientação dos servidores face à nova realidade. São suscitadas algumas propostas, onde se recomenda uma unificação do funcionamento da portaria de todas as escolas de âmbito estadual, adotando critérios baseados nos fatos reais, que é o crescente aumento das invasões às escolas por grupos de criminosos.

Aldenir Targino Alves