b3767750eb3bdd811267016ff1832478O projeto de lei do prefeito Roberto Cláudio enviado à Câmara Municipal de Fortaleza, na última segunda-feira (4), que altera a forma de escolha dos diretores das escolas municipais, gerou uma série de discussões entre profissionais que atuam na educação pública do município.

Hoje, os diretores da rede municipal são indicados pelos gestores dentre os profissionais do quadro do magistério público e devem ter, além do nível superior, qualificação técnica necessária para assumir o cargo.

A proposta é que a escolha para direção escolar seja realizada por meio de uma seleção pública entre profissionais de nível superior, exigindo experiência mínima de dois anos de exercício no magistério, e que o controle social das escolas seja conduzido pelos Conselhos Escolares.

A ideia do novo projeto incomodou devido a algumas questões, mas agradou por outras. Na opinião do presidente da Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais do Ceará (Apeoc), Anísio Melo, a intenção do projeto de que a escolha dos diretores escolares se dê por meio de uma seleção pública é louvável, tendo em vista que, atualmente, “há muita politicagem nesse meio e pouca democracia nas escolhas”.

Comunidade

Melo afirma que a rede municipal de Fortaleza nunca conseguiu regulamentar, de fato, o processo de gestão democrática nas escolas municipais.

Para o presidente da Apeoc, o candidato, além de passar pela seleção pública, deveria ser avaliado tecnicamente e, ainda, passar por uma votação da comunidade escolar, com participação de estudantes, pais e professores, que são as pessoas que mais conhecem o cotidiano da educação municipal.

“Não se pode colocar qualquer pessoa que tenha um diploma para dirigir uma escola, pois é preciso ter experiência satisfatória na área de educação, e dois anos não são suficientes. Dessa maneira, é necessário muito mais que um diploma para entender a didática e a competência de gerenciar uma espaço público”, ressalta o presidente.

A professora da rede municipal Luiza Lima também acredita que a seleção pública vai melhorar a maneira como os diretores são escolhidos, trazendo mais transparência, no entanto, alerta sobre a importância do diretor conhecer não só a escola, mas as qualidades e dificuldades de cada aluno, o que exige ampla experiência na área, e não só dois anos de atuação no magistério.

Sobre o assunto, o vereador Evaldo Lima (PCdoB), líder da Prefeitura na Câmara Municipal e que faz parte da comissão especial para analisar a proposta, considera o projeto um avanço na seleção e afirma que é preciso deixar de lado os preconceitos com a escola pública. “Existem, sim, problemas na educação, mas a gente tem que superar essa circunstância de que escola publica é um caos”.

 

*Fonte: Diário do Nordeste

O projeto de lei do prefeito Roberto Cláudio enviado à Câmara Municipal de Fortaleza, na última segunda-feira (4), que altera a forma de escolha dos diretores das escolas municipais, gerou uma série de discussões entre profissionais que atuam na educação pública do município.


Hoje, os diretores da rede municipal são indicados pelos gestores dentre os profissionais do quadro do magistério público e devem ter, além do nível superior, qualificação técnica necessária para assumir o cargo FOTO: LIANA SAMPAIO ( 27/06/2011)

A proposta é que a escolha para direção escolar seja realizada por meio de uma seleção pública entre profissionais de nível superior, exigindo experiência mínima de dois anos de exercício no magistério, e que o controle social das escolas seja conduzido pelos Conselhos Escolares.

Hoje, os diretores da rede municipal são indicados pelos gestores entre os profissionais do quadro do magistério público e devem ter, além do nível superior, qualificação técnica necessária para assumir o cargo.

A ideia do novo projeto incomodou devido a algumas questões, mas agradou por outras. Na opinião do presidente da Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais do Ceará (Apeoc), Anísio Melo, a intenção do projeto de que a escolha dos diretores escolares se dê por meio de uma seleção pública é louvável, tendo em vista que, atualmente, “há muita politicagem nesse meio e pouca democracia nas escolhas”.

Comunidade

Melo afirma que a rede municipal de Fortaleza nunca conseguiu regulamentar, de fato, o processo de gestão democrática nas escolas municipais.

Para o presidente da Apeoc, o candidato, além de passar pela seleção pública, deveria ser avaliado tecnicamente e, ainda, passar por uma votação da comunidade escolar, com participação de estudantes, pais e professores, que são as pessoas que mais conhecem o cotidiano da educação municipal.

“Não se pode colocar qualquer pessoa que tenha um diploma para dirigir uma escola, pois é preciso ter experiência satisfatória na área de educação, e dois anos não são suficientes. Dessa maneira, é necessário muito mais que um diploma para entender a didática e a competência de e gerenciar uma espaço público”, ressalta o presidente.

A professora da rede municipal Luiza Lima também acredita que a seleção pública vai melhorar a maneira como os diretores são escolhidos, trazendo mais transparência, no entanto, alerta sobre a importância do diretor conhecer não só a escola, mas as qualidades e dificuldades de cada aluno, o que exige ampla experiência na área, e não só dois anos de atuação no magistério.

Sobre o assunto, o vereador Evaldo Lima (PCdoB), líder da Prefeitura da Câmara Municipal e que faz parte da comissão especial para analisar a proposta, considera o projeto um avanço na seleção e afirma que preciso deixar de lado os preconceitos com a escola pública. “Existem, sim, problemas na educação, mas a gente tem que superar essa circunstância de que escola publica é um caos”.