Mesmo não sendo a melhor maneira de avaliar a educação no Ceará porque os alunos são escolhidos voluntariamente, o assessor jurídico do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca), Márcio Alan Menezes Moreira, acredita que o ranking das escolas, baseado nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), já indica que há algo errado no sistema educacional do Estado, a exemplo de um dos pontos que nos preocupa é a inexistência de um Plano Estadual de Educação, apesar de ser exigência por lei que os estados, o Distrito Federal e os municípios elaborem planos decenais, com base no Plano Nacional de Educação. Lembra Moreira, hoje, a educação estadual obedece a um projeto de governo e não um planejamento que trace diretrizes para dez anos. “Não contamos com um mecanismo democrático”, afirma. Para ele, o plano poderia ajudar a planejar a educação no Ceará.

Outro problema é insuficiência de recursos do Estado gastos com o aluno, como aponta o assessor do Cedeca. “É preciso investir desde a valorização do professor até as condições estruturais da unidade escolar”. Conforme Márcio Alan Moreira, aumentar o percentual de impostos vinculados à educação de 25% para 30%, além de abrir uma discussão sobre o acesso de pessoas com deficiência à escola e o salário dos professores também são medidas que devem ser tomadas para melhorar a educação no Estado.