O Ministério da Educação publicou na última quinta-feira (9), abertura de processo de consulta pública para uma nova reformulação do Ensino Médio. Durante 90 dias, um grupo de trabalho irá debater alternativas, avaliar propostas e reestruturar a nova política nacional do Ensino Médio.
A educação brasileira vem passando por uma mudança gradativa desde 2017, quando aprovada a última reformulação. Desde 2022, as disciplinas tradicionais passaram a ser agrupadas em áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas).
O secretário de assuntos jurídicos da APEOC, professor Maurício Manoel, comentou sobre essa nova proposta de reformulação durante entrevista ao Jornal Brasil de Fato. Para ele, não basta apenas revogar. Ele compreende que mudanças são necessárias e que essas mudanças precisam passar pelos professores e comunidade escolar para que um caminho possa ser construído e uma nova proposta possa ser apresentada ao governo.
Durante a entrevista o secretário jurídico também destacou que a ampliação para 3 mil horas de aulas do ensino médio inteiro, o espaço para o professor criar disciplinas, a reserva de carga horária para se trabalhar outros tipos de conhecimento e inteligência foram avanços da última reformulação, mas deixou o alerta para outros questionamentos que são plausíveis nesse momento. Segundo ele, revogando, o que fica no lugar? O ensino médio anterior, que também era péssimo e fomentou uma mudança? Tudo isso precisa ser maturado, acrescentou.