Para a professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará, Inês Mamede, para melhorar o aprendizado na alfabetização, as Prefeituras precisam assegurar que professores e estudantes tenham acesso a textos de diferentes gêneros e em diversos “portadores sociais”. “Livros, revistas, jornais. É preciso colocar professores e alunos em contato com a riqueza do mundo escrito”, reforça.

A professora ainda destaca que os docentes alfabetizadores precisam ter conhecimento do processo de aprendizagem da língua escrita pelo qual passam as crianças. Segundo ela, há 25 anos é disseminada no Brasil a teoria da psicogênese da língua escrita, que explica como as crianças vivenciam e criam hipóteses para o uso da escrita, mesmo sem educação formal.

Esse pensamento leva os professores a escolherem metodologia de ensino que não privilegiem somente o que eles consideram mais adequado aos estudantes. “O professor pode fazer propostas de jogos, de criação de textos e uma infinidade de atividades, à medida que conhece esse processo de aquisição que a criança vive.”