O Exame Nacional do Ensino Médio e o Exame Nacional de Ingresso na Carreira de Docente são parecidos na nomenclatura. Porém, além de serem aplicados a públicos diferentes (alunos e professores, respectivamente), apontam para caminhos distintos. Enquanto o Enem avalia o conteúdo acumulado por estudantes do ensino médio, o “Enem dos professores”, como vem sendo chamado o provão, deve estabelecer critérios para o ingresso de graduados no magistério.

O Ministério da Educação (MEC) pretende implementar o novo método de avaliação de educadores em 2011. Na primeira edição, serão avaliados os interessados em trabalhar na rede pública de ensino fundamental (1º ao 5º ano) e educação infantil. Contudo, o anúncio da medida causa polêmica.

Parte da categoria é contra o mecanismo. Tanto que encaminhou ao ministro Fernando Haddad uma carta de protesto à regulamentação do provão e à política de concessão de bolsas de estudo.

Para o Sindicato – APEOC, o Exame Nacional de Ingresso na Carreira de Docente até deve ser aplicado. No entanto, não é a prioridade do setor.

Na opinião do vice-presidente do órgão, Juscelino Cunha, o Governo Federal precisa ofertar mais oportunidades de mestrado em todo o Brasil. Segundo ele, muitos professores acabam tendo que procurar cursos em outros países para darem continuidade às pesquisas nas quais têm formação.

“Não somos contra (o exame). Mas essa metodologia não é conveniente. Ao invés de bancar prova, poderiam pensar no mestrado, porque muitos só têm especialização”, comenta.