A conjuntura política brasileira dos últimos anos foi marcada por uma série de ataques e violações à democracia, que abriram as portas do submundo reacionário e trouxeram à superfície o fantasma do autoritarismo.

O advento da pandemia agravou as crises existentes e o governo Bolsonaro aproveita o ensejo para colocar em xeque a solidez do pacto social consagrado pela Constituição de 1988.

Pela primeira vez após a derrocada da Ditadura Militar, temos na Presidência da República um governante que age constantemente movido por impulsos despóticos, ultrareacionários e obscurantistas.

O bolsonarismo é uma grave ameaça aos pilares que sustentam o nosso abalado Estado Democrático de Direito, pois está entranhado em setores decisivos como as forças armadas e suas forças auxiliares.

Além disso, o bolsonarismo promove uma política econômica ultraliberal que visa solapar o estado nacional brasileiro e, por conseguinte, inviabilizar todas as políticas públicas que buscam assegurar direitos sociais como a educação (escola e universidade pública), a saúde (SUS), a alimentação, a moradia e o trabalho. A famigerada deforma administrativa é parte disso.

Nesse contexto tenebroso, as entidades estudantis, os sindicatos, os movimentos sociais e o conjunto da sociedade civil organizada têm cumprido um papel fundamental na contenção do genocídio e das diversas destruições perpetradas pelo governo Bolsonaro.

A luta pela vida, por vacina para o povo e por mais investimentos na educação reacendeu as ruas. Os atos do dia 29 de maio (29M) foram uma grande demonstração de força e resistência dos setores democráticos da sociedade brasileira. Bolsonaro tende a responder a esses atos radicalizando suas ações antidemocráticas.

Tendo isso em vista, é inegável que precisamos potencializar ainda mais nossa mobilização, posto que somente uma ampla convergência de forças sociais heterogêneas pode resgatar nossa jovem democracia da selvageria neofascista. A barbárie não pode continuar.

Por isso, conclamamos a unidade das forças progressistas e reforçamos a importância de ampliarmos o diálogo para além do nosso campo político com todos que estejam dispostos a somar forças na defesa da democracia e da educação.

No Ceará, seguindo os protocolos de biossegurança (utilização de máscaras, álcool em gel e distanciamento) e com muita responsabilidade, o Blocão da Educação vai às ruas no 19j: pela democracia; pelas pautas da educação (Precatórios do FUNDEF e contra os cortes); por vacinação ampla geral e irrestrita para o povo; contra a deforma administrativa; pela volta do auxílio emergencial de 600 reais; e pelo #ForaBolsonaro.