O início do segundo semestre letivo no Ceará não terá imposição e será construído com a participação de toda a comunidade escolar. Essa foi uma das definições tiradas no processo de discussão entre APEOC, SEDUC e entidades estudantis finalizado na reunião desta quarta-feira (28).

O nosso estado, que já foi o primeiro do país a decidir pela atividade remota com o advento da pandemia, agora é o único na federação que garantiu, através da mesa de negociação, uma transição para o sistema híbrido de forma participativa, observando a segurança sanitária e respeitando a opcionalidade das escolas, professores e estudantes, com o olhar atento para a recuperação da defasagem de aprendizagem dos(as) alunos(as).

Veja o que foi encaminhado na mesa de negociação com a SEDUC nesta quarta-feira (28):

1- O processo de transição do ensino remoto para o ensino híbrido será iniciado em agosto de forma participativa, gradual e com avaliação permanente da comunidade escolar, da SEDUC e de nosso Sindicato;

2- A Base Legal para o segundo semestre letivo será a Portaria 57, garantindo a autonomia das escolas, com a opcionalidade das instituições de ensino, dos professores, das professoras e dos estudantes;

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3- A Base Sanitária será o Protocolo 18, com o cumprimento de suas exigências em todas as unidades escolares, a fim de propiciar segurança para professores(as), trabalhadores(as) da Educação, estudantes e demais membros que compõem a comunidade escolar; e

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4- A criação de uma agenda transicional:

• 2 a 6 de agosto – A comunidade escolar de cada instituição de ensino deve se reunir para decidir sobre o sistema de ensino a ser adotado (remoto ou híbrido) e planejamento pedagógico. Lembrando que independente da decisão da escola, os(as) professores(as) e estudantes têm a garantia de optar individualmente pelo sistema remoto;

• 9 de agosto – As escolas que optarem pelo sistema híbrido poderão iniciá-lo a partir da segunda-feira (9); e

• 23 de agosto – Teremos nova rodada da mesa de negociação para acompanhar e avaliar o momento transicional.

Sempre preocupado com a defesa da Educação Pública, sua melhor estruturação e qualidade, o Sindicato APEOC pretende participar da elaboração de um plano efetivo para recuperação da aprendizagem dos estudantes que necessitarem.

Para o presidente do Sindicato APEOC e da FETENE, Anizio Melo, “é necessário lutar por campanhas nacionais conjuntas da APEOC, CNTE, Frente Norte/Nordeste e sindicatos filiados, com a finalidade de garantir a autorização para concluir a imunização dos profissionais da Educação ainda em agosto e além disso, efetivar a inclusão da faixa etária de 12 a 17 anos no Plano Nacional de Imunização.”

Para o Sindicato APEOC o período pandêmico evidenciou ainda mais que, apesar da importância estrutural e tecnológica de nossas escolas, é o(a) professor(a) o(a) principal agente na promoção de uma educação plena e de qualidade, necessitando ser respeitado(a) e valorizado(a) com condições de trabalho adequadas e uma Carreira digna. Para além disso, é necessário valorizar todos os trabalhadores da educação, promover e respeitar o concurso público para preenchimento de carências definitivas na educação e serviço público, além de efetivar o processo de seleção para professores(as) com a finalidade de suprir carências temporárias.