O Sindicato APEOC realizou mais um Madrugão da Educação no Aeroporto Internacional Pinto Martins. A ação começou por volta das 5h desta terça-feira (31) e reuniu professores (as), representantes da CUT e da CNTE, além de lideranças dos movimentos estudantil e social.
O objetivo foi pressionar os parlamentares cearenses que estavam a caminho de Brasília para votarem contra as propostas do governo golpista de Michel Temer que ameaçam o financiamento da Educação Pública. A atividade faz parte da agenda de luta da Greve Geral da Educação, aprovada na última assembleia da categoria, realizada no dia 25 de maio.
Durante o período em que os manifestantes permaneceram no aeroporto, foram abordados os deputados federais Chico Lopes (PCdoB), Raimundo Gomes de Matos (PSDB) e Ronaldo Martins (PRB). A deputada estadual Raquel Marques (PT) também passou pelo terminal e falou com os educadores. Todos receberam uma nota da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), subscrita pelo Sindicato APEOC, que alerta o desmonte que o governo de Michel Temer quer impor à Educação. O presidente do Sindicato APEOC, Anizio Melo, cobrou dos parlamentares uma posição em defesa dos trabalhadores. Chico Lopes, que também é professor, afirmou o compromisso de continuar defendendo a categoria na Câmara Federal. Raimundo Gomes de Matos, um dos articuladores do atual governo pelo lado tucano, não parou pra falar com os manifestantes e foi chamado de golpista enquanto se dirigia ao embarque. Já o deputado Ronaldo Martins disse que vai analisar a nota da CNTE e do Sindicato APEOC e só depois vai se posicionar. A deputada estadual Raquel Marques reiterou o compromisso de defender o reajuste geral dos servidores na Assembleia Legislativa.
Golpe na Educação
O presidente interino Michel Temer quer revogar as leis 12.351 (regime de partilha) e 12.858 (royalties do pré-sal), que asseguram verbas da exploração do pré-sal para a Educação Pública. O desmonte tem como objetivo entregar a exploração e a riqueza oriunda do pré-sal à multinacionais do ramo do petróleo, principalmente empresas norte-americanas. A pressão sobre os(as) deputados(as) e senadores(as) cearenses é imprescindível para garantir que os projetos não sejam aprovados, primeiro na Câmara e depois no Senado.