O Sindicato APEOC participou nesta quarta-feira, a convite da SEDUC, da primeira videoconferência do Comitê Estadual Consultivo para tratar do plano de retomada às atividades presenciais, na rede de escolas estaduais, e discutir o apoio ao regime de colaboração entre Estado e Municípios.

Reginaldo Pinheiro, presidente em exercício da APEOC, deixou claro a visão de nossa categoria, ressaltando que para o início da discussão de retorno às atividades presenciais é necessário assegurar que a pandemia esteja mais controlada para que não haja um iminente aumento na proliferação da doença e, consequentemente, no número de mortes.

A partir do momento em que a contaminação pela Covid-19 esteja em descenso, um retorno efetivo às escolas ainda precisa garantir a segurança de professores, trabalhadores da educação, alunos e seus familiares.

Portanto, há um conjunto de estratégias que devem ser pensadas para o retorno às aulas presenciais, como a condição sanitária nas escolas e no transporte escolar, a quantidade de alunos atendidos, o respeito a carga horária do professor, apoio psicológico aos alunos e profissionais da educação, realização de testes, dentre outras.

Em vista do exposto, nosso sindicato manifesta publicamente que os profissionais da educação do Ceará não estão convencidos que é possível cumprir todos os requisitos acima expostos, de forma responsável, para garantir um retorno às aulas presenciais em agosto.

Para além disso, afirmamos a necessidade de se garantir melhores condições de trabalho no atual momento, com as aulas remotas. É importante o poder público assegurar o acesso à internet e a equipamentos, tanto para os docentes, como para os alunos.

Reginaldo lembrou também a importância da valorização dos profissionais da Educação, que atuam incansavelmente para possibilitar o direito ao ensino a nossos estudantes, reafirmando a luta da APEOC pelo cumprimento do Acordo Salarial 2020 por parte do Governo Estadual.

Além da APEOC e da SEDUC, fazem parte do Comitê, o Conselho Estadual de Educação (CEE), o Ministério Público do Estado do Ceará, a Defensoria Pública do Estado do Ceará, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará, a Associação dos Servidores da Secretaria da Educação do Estado do Ceará, a União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (UNDIME), a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, a Associação dos Prefeitos do Estado do Ceará (APRECE), a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, a Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Fórum em Defesa da Vida, o Fórum Estadual de Educação do Ceará e a Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza.