
Obrigados a retornar às salas de aulas, os professores estão diante de novo impasse, pois, além da ausência de uma mesa de negociação, o secretário de Administração anunciou que terão de trabalhar durante o período de férias deste mês de julho e mais três sábados de cada mês a partir de agosto para reposição das aulas não lecionadas durante os 58 dias de greve.
Ainda afirmou o secretário de Administração da Prefeitura, os professores só não terão desconto em folha salarial se comparecerem às escolas para cumprir cronograma estabelecido pela Secretaria de Educação. Para os que não comparecerem nem o pagamento de parte do 13º salário terão direito.
Não poderia ser mais radical a decisão da prefeita Luizianne Lins, anunciada pelo secretário de Administração. A reposição das aulas poderia ocorrer no final do ano letivo e aos sábados sem prejuízo das férias de todos, dos professores, de pais e alunos. É oportuno lembrar que, em 2009, os professores da rede estadual de ensino estiveram em greve e o Sindicato APEOC conseguiu negociar com o governo do Estado calendário de reposição de aula sem prejuízo das férias.
É lamentável e até irônico chamar de conquista dos municipais de Fortaleza, depois de 58 dias de greve, a obtenção de 3,5% de reposição salarial e com prejuízo da incorporação de 15% da gratificação de regência de classe aos seus vencimentos.