Um fenômeno recente tem se repetido com frequência nas Varas de Família de todo o País: a busca da Justiça pelos pais, como forma de suprir a sua incapacidade de estabelecer limites e fazer seus filhos cumprirem regras. Não têm sido raras as audiências em que alguns pais, inseguros do seu papel, comparecem na companhia dos filhos e delegam ao julgador escolhas cotidianas, numa declarada manifestação de limitação do exercício da sua autoridade.

Atualmente, as famílias são muito mais do que as pessoas que vivem no mesmo ambiente doméstico, ligadas por identidades biológicas e econômicas. O desafio, em meio a tantas mudanças de comportamento, é saber educar corretamente os filhos.

A tentativa de transferência dessa tarefa, primeiro para a escola, depois para os terapeutas e agora para os juízes não parece ser o melhor caminho, segundo os estudiosos do assunto. Para a educação ser eficiente, a comunicação entre pais e filhos tem de ser clara e não se resume a uma mera troca de palavras, e sim, ao exemplo.