Os professores da rede estadual de ensino no Ceará estão todos convocados nesta quarta-feira (29/06) para o Dia Estadual de Mobilização e Paralisação em defesa da educação e da valorização dos trabalhadores. A categoria se concentrará às 13h em frente ao Palácio da Abolição.

Os professores estiveram reunidos em Assembleia Geral na última sexta-feira, dia 17/06, convocados pelo Sindicato – APEOC, para ouvir as suas lideranças sindicais sobre as negociações que ocorrem com o Governo do Estado, em quatro sucessivas audiências nos últimos 40 dias.

Infelizmente, os avanços conquistados pelo Sindicato – APEOC ainda são insuficientes. A principal conquista dos professores obtida no Supremo Tribunal Federal, ou seja, o Piso Salarial, ainda depende de decisão do Governo do Ceará, apesar de ter afirmado: “me rendo à decisão da Justiça”. O que parece não está ocorrendo, pois ainda questiona a ampliação da carga horária extraclasse, de um terço, como determina a lei. Outro item ainda sem proposta definitiva por parte do governo diz respeito à imediata conclusão do projeto de lei com vista à realidade do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) à Lei do Piso. Para a direção do Sindicato – APEOC, é fundamental à melhoria do ensino e à valorização profissional do professor, a readequação do PCCS com a implantação do uma nova realidade funcional para a categoria.

Por unanimidade dos professores associados do Sindicato – APEOC, ficou deliberado na mais recente Assembleia Geral realizada no Ginásio Paulo Sarasate: indicativo de greve; ato público dia 29/06 a partir das 13h no Palácio da Abolição; nova Assembleia Geral para o dia 30 de junho; e, o prazo, até dia 29 de junho, para receber do Governo do Estado proposta concreta sobre a implantação do piso salarial e adequação do PCCS à Lei do Piso. Caso até esta data permaneça o processo de negociação ainda indefinido, no dia seguinte, 30 de junho, em nova Assembleia Geral, a categoria poderá deliberar ou não greve geral, até que o governo tenha resposta materializada sobre a pauta encaminhada e discutida em quatro audiências do Sindicato – APEOC com o próprio governador Cid Gomes.

Com essa decisão pautada em prudência, o Sindicato – APEOC exaure todo processo de negociação com o governo, não deixando margem ou abertura para que amanhã alguém diga que a direção da entidade precipitou-se na radicalização.

Diálogo e negociações existem hoje, entre governo e Sindicato – APEOC. Porém, falta decisão política do governador do Estado para definir as reivindicações da categoria.

A greve é um instrumento legal e indispensável ao trabalhador com direito usurpado!