Secretário de assuntos educacionais do CNTE, Heleno Araujo, discute o programa Ensino Médio Inovador, do Ministério da Educação,  durante a audiência pública, nesta terça, na Câmara dos Deputados.

Para o representante da Confederação, o ensino médio brasileiro precisa ser pensado como uma política de Estado. “Tem que achar uma política que vá ampliando. E na história do país nós não percebemos essa ampliação. Tudo que veio como experiência, como referência para universalizar ficou no caminho. (…) Não repetir fórmulas que já foram aplicadas no país e que não tiveram o resultado esperado que é garantir que todos tenham acesso à educação e aprendam dentro da escola” explica.

O programa proposto pelo MEC tem a finalidade de incentivar as redes estaduais de educação a criar iniciativas inovadoras para o ensino médio no país. Segundo o representante da Secretaria de Educação Básica do Ministério, Carlos Artexes, o programa traz pontos importantes como a questão curricular e o debate da identidade do ensino médio no Brasil.

Segundo dados do MEC, apenas 50% dos alunos concluem esse período escolar no país. E para diminuir a evasão, as escolas precisam trazer novidades e tornar o ensino mais interessante para os jovens. “O ensino médio não esta cumprindo adequadamente a sua função. Primeiro ele tem que ser efetivamente preparação básica para a vida e para o trabalho. (…) E ensinar as competências básicas essenciais para a continuidade do estudo e para o mundo do trabalho”, explica o representante do Conselho Nacional de Educação, Francisco Cordão.

No ano passado mais de 300 escolas i mplantaram o programa. Cerca de 297 mil alunos foram atendidos. Durante a audiência foram destacados também outros pontos como a necessidade universalização de acesso e permanência dos alunos e a troca de experiências entre as escolas estaduais. Para Heleno Araújo, a discussão na Câmara pode ser um primeiro passo para políticas nessa área. “Esse espaço é importante para ouvir as ideias, ouvir as opiniões para que os formuladores das leis possam fazer leis que realmente peguem. Que seja feita teoricamente, mas que na prática ela aconteça. E não continuar fazendo leis que ficam só no papel e não são colocadas na prática”

FONTE: CNTE