Uma das principais metas do governo da presidente Dilma Roussef, a implantação do ensino médio em tempo integral, encontra sua primeira barreira. Segundo estimativa da Câmara de Educação Básica, do Conselho Nacional de Educação (CNE), o déficit estimado de professores no ensino profissionalizante, que responderia por metade desse tempo integral, é de 300 mil no país – 10% a 20% maior do que o déficit de professores da 5a série do fundamental ao 3o do ensino médio, na formação geral.

Outra dificuldade é o custo de implantação da medida em toda a rede pública de ensino médio: um valor mínimo estimado em R$ 21 bilhões — e que pode chegar a R$ 49 bilhões, caso o foco seja em áreas de ponta, como o Petróleo.

Esse cálculo considera o custo médio anual por aluno no ensino profissionalizante, que é de R$ 3 mil (em cursos como secretariado) a R$ 7 mil (em setores como o naval), segundo a Câmara de Educação Básica.

Já se a conta for feita usando-se a média de investimento/aluno nos institutos federais informada pelo MEC (R$ 8 mil), o custo vai para R$ 56 bilhões.

Segundo pesquisadores da área, a estimativa do custo de implantação pode ser tirada da multiplicação do custo/aluno pelo número de matriculados no ensino médio formação geral (no Censo de 2009, eram 7.023.940 alunos na rede pública).

(Fonte: Ceará Agora, 10-01-2011)