2019 foi um ano de muitos retrocessos na condução da educação em âmbito federal. Foram (e ainda são) inúmeras as notícias que trazem informes acerca de cortes e contingenciamentos em verbas para as universidades, de canais de denúncias de professores, de Universidades Federais e Estaduais sofrendo por falta de recursos, de risco à manutenção do FUNDEB, de redução na oferta de bolsas da Capes e etc.

Em julho deste ano, o MEC – seguindo a lógica do desmonte total da educação púbica – suspendeu a formação de novas turmas dos cursos de Mestrado Profissional em ensino de Matemática e Letras, PROFLETRAS e PROFMAT, prejudicando inúmeros professores que visam à qualificação de seus currículos com base na pesquisa acadêmica e enleando uma melhoria real na condição pedagógica das escolas públicas de todo o país.

O show de desmantelos provocado pelo MEC não parou por aí e piorou ainda mais a condição dos mais importantes mestrados do PROEB – PROFHISTÓRIA, PROFBIO, PROFARTES, PROFEDFÍSICA, PROFQUÍMICA, PROFÍSICA, PROFMAT, PROFLETRAS, PROFILO, PROFSÓCIO, PROFEI – suspendendo todas as ofertas e realizações de turmas ao longo do primeiro semestre de 2020 para todos os programas de aperfeiçoamento de docentes das redes públicas.

Tal medida configura-se como um enorme absurdo, tendo em vista que a execução orçamentária de todos esses programas custa proporcionalmente muito menos do que o valor gasto em cartões corporativos, emendas parlamentares, auxílio moradia e demais benesses igualmente imorais, concedidas a quem toma as decisões em nosso país sem levar em consideração as reais necessidades da sociedade brasileira, muito menos da educação pública.

Repudiamos de forma veemente este a atitude da CAPES/MEC e ratificamos nosso compromisso social e responsável com a ciência, a pesquisa e a educação pública. Tais atitudes evidenciam o desprezo do governo federal pela formação intelectual e pela educação pública de qualidade e socialmente referendada. Jamais nos calaremos frente ao retrocesso!