Em meio à agenda de manifestações que percorre o Brasil, professores e entidades sindicais da educação pedalaram por ruas de Fortaleza na manhã de ontem. A movimentação foi em favor da luta pela valorização da carreira. Apoiados por grupos de ciclismo e por alunos e egressos das redes municipal e estadual, os profissionais defenderam causas específicas, como a renovação e o fortalecimento do Instituto de Saúde dos Servidores do Ceará (Issec) e a destinação de royalties da Petrobras para a educação.
Além dessa pauta, faz parte das reivindicações a aplicação do piso salarial dentro da atual estrutura de carreira dos professores e a revisão da tabela vencimental de todos os funcionários envolvidos na área. Se não tiver retorno até o fim deste mês, a categoria deve paralisar suas atividades e organizar protestos. “Vamos parar todo o Estado”, avisou o presidente da Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais do Ceará (Apeoc), Anísio Melo.
Como causa ganha nos últimos meses, ele citou a aprovação da lei que garante vale-alimentação para professores temporários. “Precisamos que o Governo apresente como vai efetivar isso”.
“Os professores estão engajados e têm, sim, de lutar pelos seus direitos. E os alunos também têm de ajudar a categoria. Se não fosse por eles (os professores), não teríamos médicos, advogados”, reforçou o universitário Emilson Carlos, 23, ex-aluno da rede estadual de ensino.
“Queremos um Issec que possa atender bem os servidores públicos”, frisou Anísio Melo, ao afirmar que o sistema tem funcionado “parcialmente”. Ele cobra uma forma de garantir a permanência e a qualidade do serviço.
Cada vez mais frequente no cotidiano do fortalezense, a bicicleta ganha novo significado, também, na luta por causas sindicais. É a segunda vez que a Apeoc utiliza essa forma de protesto para sensibilizar a sociedade. “O nosso sindicato tem desenvolvido diferentes estratégias de diálogo com a sociedade”, considerou o professor e secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Helder Nogueira. ( Luana Severo / luanasevero@opovo.com.br)
*Fonte: O Povo