Professores preferem eleições diretas para gestores escolares
A Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembléia Legislativa discutiu na tarde desta segunda-feira (07/07) o processo eleitoral do núcleo gestor das escolas da rede estadual de ensino. O processo trata-se da consulta da comunidade escolar sobre quem serão os diretores e coordenadores em cada escola. A audiência foi solicitada pelo Sindicato APEOC e colocou em pauta a legitimidade da iniciativa como forma de escolha dos diretores e coordenadores das escolas.
No debate, que contou na mesa com a participação de representantes do Sindicato APEOC (Professora Penha Alencar e Anízio Melo) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação-CNTE (Professor Juscelino Cunha), que acreditam na eleição direta como o modo mais adequado para definir os gestores escolares, Artur Bruno defendeu a eleição como um mecanismo de democratização da gestão escolar. Para o vice-presidente da Comissão de Educação, entretanto, na medida em que existe uma relação entre educação e sociedade, caso este processo não ocorra de forma transparente, pode-se provocar uma descrença nas eleições.
A secretária de Educação Básica do Estado do Ceará, Izolda Cela, disse não acreditar no método da eleição direta para gestão escolar como o ideal, contudo ela afirma que na falta de um outro processo isento, é a forma já encontrada que melhor serve. “É perigoso para a escola servir de laboratório num processo desta importância, mas é ainda pior a prática da indicação para este tipo de cargo. Izolda corroborou com Artur Bruno na idéia de que agora deve-se investir no aprimoramento do processo de eleição nas escolas. Ela defende um controle mais efetivo por parte do Estado.
Segundo a secretária, existe ainda um projeto elaborado pelo presidente do Conselho Estadual de Educação, professor Edgar Linhares, para a criação de um centro estadual de formação de executivos de gestão escolar. Conforme explicou o próprio professor Edgar Linhares, a idéia do centro é capacitar diretores e coordenadores para que se crie um cenário de escolas autônomas, que se responsabilizem pelos seus resultados e que possam lidar com suas demandas especificas.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social.