As alterações que estão sendo propostas pelo senador Tasso Jereissati na legislação que regula o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), principalmente na forma de correção dos recursos do fundo, ganharam a adesão de entidades representativas dos trabalhadores. Na avaliação do presidente do Instituto FGTS Fácil, Mário Alberto Avelino, os recursos dos trabalhadores vêm sendo “confiscados”, pois não são atualizados de forma adequada. Ele disse que em sete anos (de 2002 a 2009) os trabalhadores perderam R$ 54,5 bilhões.

Mário Avelino defende a correção dos recursos do fundo pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), conforme prevê o projeto de lei de Tasso. Atualmente, explicou, a atualização é feita pela Taxa Referencial (TR), para ele, um índice financeiro que favorece apenas aos bancos. Ele informou que desde setembro deste ano, a TR “tem sido zero” e, em sua opinião, deve continuar neste patamar até as eleições de 2010. Ele afirmou que os trabalhadores querem mudanças na lei do FGTS para evitar perdas, terem um rendimento justo e, também, mais facilidades para a utilização dos recursos do fundo.

O presidente da Força Sindical no Distrito Federal, Epaminondas Lino de Jesus, também se manifestou favoravelmente a mudanças na legislação. Em sua opinião, metade dos lucros obtidos pelos investimentos dos recursos do FGTS deve ser rateada entre os trabalhadores. Ele também defendeu que o conselho curador do FGTS seja gerido por empresários, trabalhadores e governo, de forma paritária e a rotatividade na presidência do conselho.