Informa o deputado José Albuquerque, primeiro secretário da Assembleia Legislativa, que, foram registrados nos anais deste Poder, reportagem sobre “Desvalorização, violência e baixos salários afastam professores novatos”. Pedido solicitado pelo deputado Mário Hélio.
A reportagem que trata do desestímulo, da violência, da extensa jornada de trabalho dos professores e dos seus baixos salários foi concedida pelo professor Anízio Melo ao jornal Diário do Nordeste, onde diz que dos 4 mil professores aprovados no concurso de 2009 para a rede estadual de ensino, 20% desistiram em decorrência, principalmente pelos baixos salários.
Disse ainda Anízio Melo que os docentes novatos perdem o interesse por causa das péssimas condições de trabalho (salas lotadas, por exemplo), a violência na sala de aula, a falta de incentivo ao profissional e as condições físicas das escolas. Um número preocupante dos que assumem abandonam antes de completar o estágio probatório.
Para o presidente do Sindicato – APEOC, Anízio Melo, a juventude não se sente mais atraída pela profissão. “E os veteranos perdem a magia de ensinar”.
Os baixos salários pesam muito na decisão de deixar à carreira. De acordo com Anízio Melo, os professores novatos do Ceará são os que possuem os mais baixos salários. “Temos um pagamento de R$ 1.400, 00 por 40 horas/aula”. Além disso, eles não tiveram a readequação do plano de cargos e carreiras.
Para o presidente do Sindicato – APEOC, se o governo do Estado atendesse as reivindicações seria uma forma de estancar a sangria de professores que é um problema grave. “Caso o governo não sinalize com o plano, o índice de desistências vai aumentar”, alerta.
A consequência é sentida pela educação no Estado que fica comprometida pela falta de docentes. “Estamos caminhando para a possibilidade de um apagão no que tange o número de professores aptos para a sala de aula”, frisa Anízio Melo.