basta.a.violenciaOs trabalhadores e trabalhadoras em educação estão assistindo, atônitos, nas assembleias e manifestações da categoria, a condutas e práticas de algumas pessoas e grupos que não condizem com a condição de educador.

A diversidade de pensamento e de posicionamentos políticos compõem a força de qualquer processo democrático. No entanto, durante as assembleias, e isto já no ano de 2011, pessoas que pensavam diferente da estratégia adotada para a greve de então hostilizavam e até ameaçavam membros de nossa categoria com insultos e mesmo agressões físicas.

Os profissionais da educação da rede estadual de ensino lotados no interior do estado realizaram diversas atividades de luta nas várias regiões do Ceará, mobilizando a comunidade escolar e fragilizando a estrutura de poder do atual governo. Quando os companheiros e companheiras do interior participavam das assembleias de 2011 foram estigmatizadas como “gado”, chegando a lhes ser oferecido “capim”.

Essa minoria enfurecida, composta por supostos educadores, ficam muito à vontade para ameaçar, caluniar; difamar e injuriar dirigentes sindicais e representantes de base, pelo simples fato de os outros pensarem “diferente”. Até mesmo o direito à livre manifestação de pensamento é obstacularizado, mesmo impedido, por aqueles que pensam “certo”.

Condutas dessa natureza, não só dividem a categoria, como impedem o verdadeiro objetivo das assembleias: A construção de uma pauta de luta baseada na experiência dos movimentos políticos e sindicais autênticos, que, de fato, garantam avanços na valorização dos profissionais da educação.

Algumas dessas condutas são velhas conhecidas do movimento sindical, mas em sua grande maioria eram praticadas por agentes infiltrados do estado, que objetivavam a desorganização de qualquer movimento acertado. Não apresentam propostas, e afastam-se das lutas objetivas dos educadores (professores e funcionários), para defender pseudocausas da categoria, tais como fazer uma “greve contra a copa”, ou apoiar o “fim da política”.

É tarefa de todos darem um basta em tudo isso, sob pena de termos inviabilizados os espaços democráticos de debate e manifestação que visam à pressão ao Governo para que atenda as reivindicações da nossa categoria.

O Sindicato APEOC expressa, aqui, a solidariedade e apoio aos trabalhadores e trabalhadoras em educação que vêm sofrendo com essas ações e considera que as pessoas que praticam condutas ameaçadoras, e muitas vezes criminosas, precisam ser responsabilizadas, pois querendo ou não, fazem o jogo do patrão, promovendo o descrédito e a divisão nas lutas da categoria dos educadores (professores e funcionários).