Preconceito.racial 20.novembro

A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), da qual o Sindicato APEOC participa na coordenação, esteve presente à 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, nessa quarta-feira, dia 18/11, em Brasília

O ato, que protestou contra o racismo e a violência, saiu do Ginásio Nilson Nelson em direção à Praça dos Três Poderes, e exigiu do Poder Público políticas que promovam equidade racial e de gênero. Cerca de 25 mil pessoas participaram da manifestação.

Educadores de todo o Brasil se uniram à luta das mulheres e incluíram na pauta de empoderamento o esforço em fazer valer a lei 10.639/03, que torna obrigatório o estudo sobre a cultura e história afro-brasileira e africana, garantindo educação pública de qualidade e antirracista para todos.

A ministra Nilma Lino Gomes, da pasta das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, que participou da manifestação, declarou que a marcha é um momento importante para as mulheres negras trazerem suas reivindicações e para avaliação dos avanços e dos desafios que existem pela frente: “O mapa da violência nos mostra que temos ainda muito que superar, em relação ao sexismo e ao racismo no País. E esse é um papel do governo e da sociedade como um todo”.

Violência

O último censo do IBGE aponta que as mulheres negras representam 25,5% da população brasileira, ou seja, 48,6 milhões de pessoas. De acordo com o Mapa da Violência, estudo feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da ONU Mulheres e divulgado no início do mês de novembro, os casos de homicídio envolvendo mulheres negras cresceram 54,2% entre 2003 e 2013, passando de 1.864 para 2.875. No mesmo período, o número de ocorrências envolvendo mulheres brancas caiu 9,8% (de 1.747 para 1.576).