O professor é um dos muitos servidores que tiveram problema no último mês com o desconto em folha de seus empréstimos. A confusão veio com a implantação do decreto governamental que regula o empréstimo e determina que apenas 30% do salário seriam comprometidos com o pagamento dos consignados. No entendimento dos servidores, o Estado tinha acertado com o Bradesco a renegociação dos empréstimos, adequando automaticamente as prestações ao percentual permitido e estendendo o restante.

No entanto, para a secretária de Planejamento e Gestão do Estado a resolução é outra. Cada servidor deve buscar a agência para renegociar as dívidas. Segundo a determinação é que dentro desses 40%, 30% devem ser pagos e os 10% restantes financiados em novas consignações. O banco deve cobrar o restante da dívida. “O que o Bradesco está fazendo é chamando cada um dos servidores e renegociando as dívidas em até 72 meses”, informa a Secretaria de Planejamento.

O que a secretaria diz é que cada servidor deve se apressar em se organizar com sua agência bancária, uma vez que essa negociação é entre banco e pessoa física.

O Estado licitou a ABC Card como a empresa responsável para gerir os consignados. Essa gerência será através do Cartão Único, que foi distribuído aos servidores em setembro, mas ainda não está em uso.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Bradesco informa que o banco está trabalhando com o Governo para resolver o assunto e garante que nenhum servidor, cliente do banco, será prejudicado.

Para o Estado, a obrigação de renegociar as dívidas do empréstimo consignado com a instituição bancária é dos próprios servidores.