Uma pauta de reivindicações, que tem como tema central a redução da jornada, será destaque na programação que conta ainda com shows de Ítalo e Renno e diversas apresentações culturais.
Um dia de homenagens aos trabalhadores e trabalhadoras: para encontrar amigos, celebrar conquistas e fortalecer as lutas. O 1º de maio promovido pela CUT-CE, na Praça do Ferreira, contará com uma programação diversa, que tem como tema central a defesa da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários. A cultura cearense também é valorizada com shows de Ítalo e Renno, Fulô da Aurora, Batuqueiros da Caravana Cultural e diversas outras atrações, a partir das 15h.
“É importante que os trabalhadores e trabalhadoras tenham esse dia simbólico para reforçar o desejo e sentimento de luta, para comemorar conquistas, para ocupar as praças e dizer em um só grito que estamos todos juntos”, ressalta o pre sidente da CUT-CE, Jerônimo do Nascimento.
O Dia do Trabalhador e da Trabalhadora é comemorado em diversos países do mundo no 1º de maio. Teve início a partir de uma reivindicação central: redução da jornada de trabalho. Mais de 120 anos depois da fundação da data, o tema continua urgente e necessário. Por isso, nesse 1º de maio, os cearenses estarão nas ruas, como diversos outros brasileiros em diferentes pontos do País.
Principal bandeira da CUT-CE e entidades filiadas em 2010, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários, é tema que unifica o movimento sindical pelo potencial de benefícios que oferece ao Brasil. Esse é um dos instrumentos para geração de novos postos de trabalho e a conseqüente redução das altas taxas de desemprego. Além de reduzir as doenças do trabalho e promover melhor qualidade de vida aos trabalhadores e trabalhadoras.
As diversas formas de flexibilização do tempo de trabalho, como a hora extra ou o banco de horas, além de intensificar a jornada, têm como conseqüência a perda do controle por parte do trabalhador seja do tempo de trabalho ou do tempo livre. Em função do grande tempo ocupado direta e indiretamente com o trabalho, sobra pouco tempo para o convívio familiar, o estudo, o lazer, o descanso, qualificação profissional e a luta coletiva.
A jornada normal de trabalho no Brasil é uma das maiores no mundo: 44 semanais desde 1988. Veja que está bem acima de países como a Espanha (35,4 horas), Israel (37 horas), França (38 horas), Itália (38,3 horas), Japão (42 horas), Estados Unidos (42,6 horas), entre outros. Outro ponto é que os custos com salários, no Brasil, são muito baixos se comparados com os de outros países. O custo da mão de obra manufatureira No Brasil é de US$5,96, ficando atrás de países como Taiwan (US$ 6,58), Portugal (US$ 8,27), Singapura (R $ 8,35), Coréia (US$ 16,02), Estados Unidos (US$ 24,59), entre outros. Na Noruega esse valor chega a US$ 48,50.
Há 14 anos, a Proposta de Emenda à Constituição PEC 231/95 tramita no Congresso Nacional, com a proposta de redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e que também aumenta o valor do adicional de hora extra de 50% do valor normal para 75%. Dia 30 de junho de 2009, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o relatório favorável à PEC. Antiga reivindicação do movimento sindical, as Centrais Sindicais vêm priorizando o tema e têm pressionado o governo e os empresários para que haja, efetivamente, a redução da jornada de trabalho.
Esse é um dos pontos da luta dos trabalhadores e trabalhadoras, que inclui também a defesa do desenvolvimento, com distribuição de renda e valorização do trabalho, reforma agrária e urbana, o fim da violência contra a mulher, entre outro s pontos. Confira:
Nesse 1º de maio, a CUT-CE e entidades filiadas estão em luta:
Por desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho;
Pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, em 40 horas semanais;
Por Campanha Salarial: em defesa dos Servidores Públicos
Pelo cumprimento da Lei do Piso do Magistério;
Pela Reforma Agrária e Urbana;
No combate à precarização do trabalho –Terceirização e informalidade;
Dizendo não à violência contra a mulher!
Pela liberação imediata do Programa Garantia Safra e implementação de políticas contra a estiagem no Ceará.
Faça o download do PANFLETO DO 1º DE MAIO
Fonte: CUT CEARÁ