O Sistema Único de Saúde (SUS) gastou R$ 14,4 milhões em internações e procedimentos de alta complexidade com pacientes que já estavam mortos. É o que mostra auditoria do Tribunal de Contas da União, que identificou discrepâncias entre a data de óbito e o dia do atendimento informado pelo hospital.
As cobranças supostamente irregulares ocorreram entre 2007 e 2010. Com R$ 227,2 mil embolsados, Fortaleza ocupa a 12ª posição entre as quase 800 cidades envolvidas. Dos 15 municípios brasileiros que mais receberam dinheiro, Fortaleza apresentou a maior variedade de casos.
Na Capital, foram identificados 82 procedimentos de alta complexidade envolvendo defuntos, em 10 estabelecimentos. Houve ainda 53 internações póstumas, em 14 estabelecimentos. Embora tenha identificado outras unidades de saúde envolvidas, o tribunal realizou auditoria em apenas três hospitais da capital cearense.
Para o Ceará inteiro, foram liberados R$ 405,7 mil para atendimentos a mortos.