Mais uma vez relatório de matricula da rede estadual de ensino em Fortaleza, da Comissão de Defesa do Direito à Educação (formada por organizações da sociedade civil), mostra alunos fora da faixa etária, carência de professores efetivos, necessidade de melhorias estruturais nas unidades e falta de informações que viabilizem um planejamento para mudar esse quadro.
Segundo o documento, cerca de 30% dos estudantes, entre 15 e 17 anos, ainda estão cursando o Ensino Fundamental, quando já eram para estar no Médio. Do mesmo modo, existe um expressivo percentual de alunos maiores de 18 anos no Ensino Médio, que já deveriam estar com seu diploma.
O documento, entregue à secretária da Educação Básica do Estado, Izolda Cela, foi preparado com base em visitas a 23 equipamentos escolares estaduais, desses, seis eram do ensino profissionalizante. O objetivo foi visualizar as condições de atendimento e buscar melhor identificar os problemas do período de matrícula, em março deste ano.
Foi constatado que há escolas profissionalizantes, do Estado, em que cerca de 90% dos seus professores são temporários, isso acaba prejudicando o ensino dos alunos por causa da rotatividade dos professores. “O número de professores temporários é grande e isso acaba prejudicando bastante os alunos, devido à rotatividade”, afirmou o assessor jurídico do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente, Márcio Alan Moreira.
O Sindicato – APEOC integra Comissão de Defesa do Direito à Educação e participou, através de seus diretores Anízio Melo, Fábio Lopes e Sérgio Bezerra, da referida reunião na SEDUC.
O Sindicato – APEOC defende que o processo de matrícula para o próximo ano, nas escolas estaduais, já comece a ser construído.