Necessidade que tem o professor o obriga a trabalhar em várias escolas e o impede de investir em formação continuada.
“O Estado precisa investir no profissional, para que ele se recicle e não precise trabalhar em quatro ou cinco escolas”, diz o professor Francisco Cordeiro, de geografia, lecionando em cinco escolas e com 65 aulas semanais.
Como exemplifica o professor Cordeiro, o baixo salário força os docentes a se desdobrarem em duplas jornadas. “Investir no professor seria o primeiro passo para melhorar a educação”, afirma.
O professor Claumir Rufini leciona há mais de 20 anos e acompanha os índices da educação. Para ele, apesar de os resultados da educação fundamental estarem evoluindo, ainda não refletem no ensino médio. “Você não consegue recuperar problemas acumulados há tantos anos.” Para ele, seria ideal ter uma estrutura de reforço. Rufini entende que a progressão continuada – em que não há reprovação – desmobiliza o aluno.